Quantas vezes demos por nós em jantares, onde a conversa inevitável sobre o Direito surgiu com outros Colegas presentes, e nos chamaram a atenção que isso era «uma seca»? Quantas vezes ouvimos que só percebemos de leis?
Quando o mundo nos rotula, algo de verdade ali se esconde e é preciso humildade para reconhecer e corrigir a(s) nossa(s) lacuna(s). Durante muito tempo – talvez demasiado tempo – nós, Advogados, fechámo-nos na nossa realidade jurídica, tornando-nos nela exímios. Descurámos, porém, por sobranceria ou falta de tempo, as demais áreas do conhecimento que contribuíram, igualmente, para o desenvolvimento da Sociedade tal como a conhecemos.
O papel do Advogado mudou, cresceu e também ele evoluiu. Não é um facto bom, nem mau, é apenas um facto. Mas um facto que pode mudar tudo! Na verdade, aos Advogados não é, hoje, apenas exigido o domínio das leis; é-nos, cumulativamente, imposto que dominemos informática, marketing, comunicação, gestão de recursos humanos, de clientes e de negócios, KPI´S, análise SEO, produtividade, gestão de tempo, liderança e, por vezes, até alguma psicologia… É muito! E acompanhar toda esta informação, mantendo-se um exímio dominador das leis, não é tarefa fácil. Mas a realidade está aí. Ela exige cada vez mais de nós, de todos nós.
Esta evolução é negativa? Não! Claro que não. A Advocacia chegou a aborrecer, de morte, Advogados brilhantes que não se contentavam com o mero estudo da doutrina ou o seu confronto com a jurisprudência dominante, a redacção de contratos “à prova de bala” ou o mais difícil processo negocial.
Hoje podemos afirmar que há, finalmente, espaço para todos! Os líderes afirmam-se como tal dentro da sua sociedade, os mais conciliadores colocam as suas competências ao serviço da arbitragem e mediação por exemplo, os bons oradores participam em conferências, os tech-freaks fazem uso dos seus conhecimentos junto de clientes dessas áreas de negócio ou na expansão do escritório “na rede”, a imagem da sociedade pode ser trabalhada graças à criatividade de um dos seus sócios metida na gaveta durante anos, etc, etc, etc… Por outro lado, os mais estudiosos, mais reservados, mais académicos, continuam a ter pleno espaço na Advocacia moderna. Nem todos terão de dominar a oratória e a negociação, a influência e a rede de contactos… Sempre serão necessárias as teorias dos mais brilhantes Professores de Direito e indispensáveis os trabalhosos pareceres, contratos e peças processuais. O “espalha-brasas” e o “rato de biblioteca”… Todos os Advogados podem, hoje, brilhar.
Agora a diferença entre muito bom e imparável?!...
Essa reside em dominar a “sua praia” e ser, ainda, capaz de sair dessa bolha, acrescentando ao conhecimento jurídico competências e habilidades adicionais, capazes de o(a) distinguir dos demais. Conheça-se e conheça o(s) outro(s), aí, sim, tornar-se-á imparável!
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Vamos juntos, rumo a uma Advocacia de sucesso!
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