O sucesso de um escritório não depende apenas das competências técnicas dos seus advogados. Um factor garante que o fluxo de trabalho é realizado com eficiência e qualidade: uma boa liderança. Um(a) bom(a) advogado(a) líder é capaz de inspirar e envolver as pessoas da sua equipa, além de fazer com que todos trabalhem com motivação.
As habilidades de um(a) líder, no entanto, não são ensinadas nas faculdades de Direito. É preciso desenvolvê-las para além da formação jurídica e aprimorá-las ao longo da vida.
Independentemente do seu estilo de liderança, seguem algumas boas práticas que farão de si, além de um(a) excelente advogado(a), o(a) líder da sua equipa:
1. Comunique à equipa as expectativas de desempenho
Conhecer o ponto de partida e de chegada é uma boa forma de motivação. Nesse sentido, é papel do(a) líder comunicar à sua equipa quais são os próximos passos, isto é, estabelecer o que precisa ser feito e qual o resultado esperado.
Uma boa liderança na advocacia deve comunicar de forma clara e alinhar expectativas de desempenho colectivo e individual. É importante que a sua equipa saiba o que vai ser feito, porque vai ser feito, como vai ser feito, onde, quando e por quem vai ser feito. Só assim os(as) advogados(as) da sua equipa conseguirão desenvolver e gerir-se a si próprios(as) para cumprir o que deles(as) é esperado. E, claro, evitar ruído e duplicação de trabalho desnecessários.
2. Estabeleça uma cultura de feedbacks
Ter retorno sobre as acções que são executadas em prol de um determinado objectivo é fulcral para identificar o que está a correr como planeado e o que pode ser melhorado. Esta é uma prática que traz resultados imediatos.
A cultura de feedbacks constantes na advocacia, além de permitir à equipa fazer os ajustes necessários no fluxo de trabalho, serve, igualmente, para o(a) líder alinhar expectativas, inspirar e desenvolver os seus advogados. São oportunidades de crescimento, desenvolvimento e evolução pessoal e profissional.
Porém, é inútil fazer reuniões de feedback uma vez por ano. Esta prática deve ser regular, consistente e incorporada na cultura do escritório. Não tem, obviamente, de ser diária, mas pode, por exemplo, ser mensal.
O retorno sobre o trabalho e comportamentos da sua equipa motivarão os(as) advogados(as) que a integram a continuar um trabalho de qualidade. Tenha sempre em mente que ajustes de correcção devem sempre ser feitos em privado, jamais em público.
3. Reconheça as conquistas dos seus advogados
Atitudes de reconhecimento alimentam a motivação humana, geram auto-estima, confiança, além de melhorarem o desempenho individual e colectivo. Uma liderança que dá valor às conquistas dos membros da sua equipa garante maior entrosamento e cria uma conexão emocional entre todos. Afinal, pessoas que se sentem valorizadas trabalham mais felizes.
Mais do que reconhecimento financeiro, que é muito importante, atitudes de reconhecimento também têm impacto positivo numa equipa de trabalho. Assim sendo, como líder na advocacia, comemore as vitórias e aprecie genuinamente o crescimento das pessoas com quem trabalha. Felicite-as pelas suas conquistas e dê-lhes perspectivas de crescimento.
4. Saiba o que acontece no escritório
Uma boa liderança na advocacia deve ter uma noção geral do que acontece no escritório. Isso porque, a qualquer momento, um(a) advogado(a) pode procurar o(a) seu(a) líder para tirar dúvidas ou fazer alinhamentos. Estar a par das principais actividades desenvolvidas é fundamental para apoiar a sua equipa.
Atenção, no entanto, que saber o que acontece no escritório não significa monitorizar de perto tudo o que é feito. É preciso dar espaço para que os(as) advogados(as) executem as tarefas que lhes são atribuídas de forma autónoma.
Conclusão
Para ser um(a) bom(a) líder na advocacia é preciso ter presente que um(a) líder trabalha com pessoas. Um(a) líder de excelência consegue obter o melhor de cada um(a) e, assim, formar uma equipa de sonho e obter resultados.
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