Já pensou o que o(a) faz admirar alguém profissionalmente? A construção da imagem profissional de uma pessoa que se posiciona e é reconhecida como referência normalmente resulta de um marketing pessoal bem feito. Mas qual será o segredo? É possível começar agora e ter sucesso? Vale a pena o esforço?
Atendendo ao número (sempre crescente) de advogados em Portugal, destacar-se da concorrência é essencial.
Seguindo este raciocínio, o marketing pessoal para advogados surge como uma ferramenta muito importante para quem quer ser percebido, procurado e reconhecido como expert no que faz. Para o(a) ajudar a descobrir o melhor caminho, vou partilhar 6 dicas simples e fáceis (mas vitais) de marketing pessoal para advogados que se querem destacar neste mercado tão competitivo:
1. Seja você mesmo(a)
Para investir na sua marca pessoal, não é necessário que se “fantasie” de advogado seguindo dicas genéricas de dress code e comportamento, que só farão com que se aproxime mais do convencional e menos da diferenciação e do destaque.
Calma, não estou a recomendar que ignore essas questões. Muito pelo contrário! A minha sugestão é para que parta do auto-conhecimento e da sua auto-observação antes de tentar caber numa dessas caixas pré-definidas. Ser você mesmo(a) é o seu grande factor de diferenciação. Esbata a ideia de que precisa ser encontrado(a). Mais do que isso, precisa ser escolhido(a) pelo seu cliente e ele precisa confiar em si.
2. Acerte na auto-promoção
Outro ponto muito (mas mesmo muito!) importante é não gastar energia a comunicar o que não quer continuar a fazer. Se, por exemplo, tem mais clientes na área do Direito Tributário, mas o seu desejo é ser referência em Direitos de Autor, não gaste as suas oportunidades de prospecção e networking a promover os seus serviços de Direito Tributário. Ao contrário, invista tempo e especialização na área em que se quer destacar e mantenha-a como foco do seu marketing. Isto não significa, obviamente, recusar os clientes de Direito Tributário que o(a) procuram, significa apenas direccionar o seu marketing para a sua área preferencial.
3. Não esqueça que é a sua própria marca
Imagine a seguinte situação: existem dezenas de cartões de visita à disposição e um cliente necessita dos serviços de apenas um(a) advogado(a). O que o vai fazer escolher o seu cartão e entrar em contacto consigo? É a textura, o clean design, a aplicação de relevo, as cores, o lettering…
Dei o exemplo dos cartões, mas o mesmo acontece quando o seu potencial cliente pesquisa por um(a) advogado(a) na internet ou ainda quando ele o(a) encontra em situações corriqueiras do dia-a-dia.
Para trabalhar o seu marketing pessoal, é preciso dar um passo atrás e repensar alguns aspectos do seu posicionamento. O que faz diferente ou melhor do que a concorrência? O que expressa com a sua comunicação não verbal? As roupas que usa estão alinhadas à sua linguagem e ao seu comportamento? Fazer estas reflexões ajuda-o(a) a apurar a sua imagem pessoal e a mostrar a sua melhor versão para o seu “público”.
Estas questões, aparentemente superficiais, são a sua embalagem. E no marketing pessoal para advogados, a embalagem importa.
4. Conheça o seu cliente
Uma marca é construída com base em duas questões principais: propósito e entendimento. O primeiro relaciona-se com a sua essência (quem você é, o que entrega e o valor agregado a essa entrega), o segundo respeita ao conhecimento de quem é o seu público-alvo. Se assim é, precisa saber quem são os seus clientes reais e os seus clientes potenciais. Esta é uma etapa fundamental para toda e qualquer estratégia de marketing pessoal para advogados.
Conhecer-se a si próprio(a) e aos seus clientes permite-lhe adequar a linguagem para os alcançar mais facilmente. Além, é claro, de possibilitar a criação de estratégias muito mais assertivas. Saber quem ele é, do que gosta, que locais frequenta é um passo importante para acertar, por exemplo, os eventos em que deve participar, as associações a que se deve juntar, entre outros.
Dedique-se a conhecer os problemas dos seus potenciais clientes mais do que ninguém! E posicione-se como um(a) solucionador(a) dessas questões.
5. Seja coerente
Nunca se esqueça que é uma pessoa e não uma personagem, razão pela qual deve manter a sua personalidade tanto nos contactos presenciais como nas interacções virtuais. Tenha em mente que quem constrói o seu posicionamento é você, isto significa que deve ser a mesma pessoa ao enviar um email, responder a uma mensagem no whatsapp ou durante uma reunião. Por exemplo, se envia emojis e usa termos informais com os seus clientes no whatsapp, não finalize um email com “atenciosamente” ou “cordialmente”, e vice-versa.
Além disso, ser coerente com a sua marca pessoal em todas as suas interacções e comportamentos facilita a aproximação com parceiros, clientes e colaboradores que se identificam com a sua forma de ser e estar.
Mantenha a coerência na comunicação e permita-se ser reconhecido(a) por isso.
6. Torne o marketing pessoal para advogados parte da sua rotina
Acções isoladas não garantem o sucesso do marketing pessoal para advogados. É preciso tornar as acções e comportamentos parte da rotina. Aliás, agir de forma esporádica e sem estratégia é o oposto de se posicionar de forma coerente.
Ninguém se torna referência da noite para o dia. É preciso dedicação e consistência para que corra bem. O marketing jurídico digital pode ser uma excelente estratégia para dar passos largos na direcção de um posicionamento claro e bem estruturado. Por exemplo, investir num bom site para o escritório, ter um blog com conteúdo relevante, dar dicas úteis aos seus clientes, mostrar o seu diferencial competitivo em cada interacção online (e offline) são óptimos pontos de partida.
Conclusão
Desmistificar o marketing pessoal para advogados é importante para que entenda que o posicionamento como autoridade nada tem a ver com “forçar” ou “inventar” uma reputação que não existe. O que o marketing pessoal para advogados pretende, com as suas diversas ferramentas e alternativas, é que mostre ao seu cliente quem você é e, com isso, crie relação.
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